Ser professora sempre me atraiu pela sua magia, pela sua lógica das crianças, pelas descobertas e desafios. Confesso que há momentos que uma luta se trava dentro de mim, entre frustrações e alegrias. De um lado o sucesso da classe, do outro, algumas crianças que teimam em não aprender. E com os alunos da Escola Joel Coelho de Sá, onde se deu o estágio, não foi diferente.
Tive em minhas companheiras Michele e Juci, um apoio incondicional, pois não foi fácil trabalhar com uma turma indisciplinada e sem motivação. O desafio era grande e, juntas procuramos buscar uma prática em que fosse possível criar situações de aprendizagem mais significativas.
Através do Projeto “Ler e escrever também quero aprender!”, trabalhamos com textos de poemas, músicas e situações que levaram às crianças a aprender, sempre mediando, acompanhando e propondo-lhes situações desafiadoras. Foi muito gratificante ver, a cada dia, a expectativa da turma em relação ao que íamos trabalhar, envolvendo-se nas atividades e com o desejo de aprender. As crianças que antes só reconheciam algumas letras começaram a fazer uso do valor sonoro e começaram a escrever suas pequenas palavras. Elas queriam descobrir, escrever, ler e aprender. A nossa preocupação era o envolvimento de toda a turma na aula. Queríamos que eles participassem de tudo que era proposto, mas de forma prazerosa.
O resultado da nossa prática teve a contribuição de vários teóricos, entre eles: Piaget, Skinner, Freinet, Vygotsky, Paulo Freire, Emília Ferreiro. Assim, foi possível superarmos alguns desafios, como a indisciplina e a desmotivação.
É importante termos consciência de que podemos aprender de muitas maneiras diferentes. As crianças precisam conviver com várias formas de lidar com o conhecimento, as emoções, as relações sociais e as atitudes. A sala de aula precisa ser um ambiente agradável, favorável a aprendizagem, e não um lugar onde o modo de proceder seja repetitivo e rotineiro.
Quero agradecer as minhas colegas do estágio, em especial minhas amigas do “trio”, Michele e Jucimare pelo companheirismo. Saiba meninas, que essa vitória é “nossa”!