terça-feira, 15 de dezembro de 2009

REFLEXÃO SOBRE A PRÁTICA PEDAGÓGICA NO ESTÁGIO


Ser professora sempre me atraiu pela sua magia, pela sua lógica das crianças, pelas descobertas e desafios. Confesso que há momentos que uma luta se trava dentro de mim, entre frustrações e alegrias. De um lado o sucesso da classe, do outro, algumas crianças que teimam em não aprender. E com os alunos da Escola Joel Coelho de Sá, onde se deu o estágio, não foi diferente.

Tive em minhas companheiras Michele e Juci, um apoio incondicional, pois não foi fácil trabalhar com uma turma indisciplinada e sem motivação. O desafio era grande e, juntas procuramos buscar uma prática em que fosse possível criar situações de aprendizagem mais significativas.

Através do Projeto “Ler e escrever também quero aprender!”, trabalhamos com textos de poemas, músicas e situações que levaram às crianças a aprender, sempre mediando, acompanhando e propondo-lhes situações desafiadoras. Foi muito gratificante ver, a cada dia, a expectativa da turma em relação ao que íamos trabalhar, envolvendo-se nas atividades e com o desejo de aprender. As crianças que antes só reconheciam algumas letras começaram a fazer uso do valor sonoro e começaram a escrever suas pequenas palavras. Elas queriam descobrir, escrever, ler e aprender. A nossa preocupação era o envolvimento de toda a turma na aula. Queríamos que eles participassem de tudo que era proposto, mas de forma prazerosa.
O resultado da nossa prática teve a contribuição de vários teóricos, entre eles: Piaget, Skinner, Freinet, Vygotsky, Paulo Freire, Emília Ferreiro. Assim, foi possível superarmos alguns desafios, como a indisciplina e a desmotivação.

É importante termos consciência de que podemos aprender de muitas maneiras diferentes. As crianças precisam conviver com várias formas de lidar com o conhecimento, as emoções, as relações sociais e as atitudes. A sala de aula precisa ser um ambiente agradável, favorável a aprendizagem, e não um lugar onde o modo de proceder seja repetitivo e rotineiro.
Quero agradecer as minhas colegas do estágio, em especial minhas amigas do “trio”, Michele e Jucimare pelo companheirismo. Saiba meninas, que essa vitória é “nossa”!

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

A SEMANA NO CAIC...

De 08 a 14 de setembro , o grupo de estágio da Prof. Socorro, pôde vivenciar a realidade do CAIC (Centro de Atendimento Integral à Criança), analisando o contexto escolar deste local.
Começamos com uma pesquisa com os principais atores da escola, como também analisar o portão, o recreio, as relações interpessoais e a estrutura física.
Foi possível também conhecer a ação docente e o desenvolvimento real de cada criança através das atividades diagnósticas preparadas por nós.
O diagnóstico não foi dos melhores e, só nos resta agora “arregaçar as mangas” e torcer para que tudo dê certo.

PATCH ADAMS

Sinopse: O filme conta a história real de um homem chamado Hunter Adams, que tem como filosofia de vida o amor.
Para ele, o amor é importante em todas as nossas relações, independente do lugar.
Ele decidi ser médico, e pensa que o objetivo principal em sua profissão não é só curar e, sim cuidar.
Cuidar com muito amor, tocando nos doentes, olhando em seus olhos, sorrindo e os fazendo sorrir.


Refletindo: O filme é realmente fantástico e tem uma grande lição: o amor.

O amor pelo ser humano, pelo que você faz, independente do que faça.

Se todas as pessoas tivessem o olhar de Pacth Adams, é provável que a confusão existencial que o ser humano tem vivenciado, deixasse de existir.

O amor move as pessoas e, faz delas fraternas e solidárias.

A falta de amor as tornam cruéis e selvagens.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

ESTÁ CHEGANDO A HORA...

Por ser professora já algum tempo, via o estágio como um momento desnecessário. No entanto, percebi que esse momento me levará a uma reflexão sobre a minha prática, me ajudando na formação do comportamento profissional e, na transformação de atitudes.
A visita ao CAIC, na quinta-feira passada, 03/09, criou em mim uma expectativa positiva. Estou feliz por ter ficado com a turma de seis anos, mas ao mesmo tempo, me sinto apreensiva, por estar em realidade diferente da minha. Eu sei que o desafio é grande, mas a vontade de superá-lo é maior ainda.
Que venha o Estágio!!!!!!!!!!!!!
E que Deus nos proteja nessa nova etapa!

sábado, 5 de setembro de 2009

SE O TRABALHO FOI MUITO A SATISFAÇÃO FOI MUITO MAIOR...


Nasci numa noite de agosto, na pequena cidade de Jaguaquara. Sou filha do meio junto com meu irmão gêmeo, e ainda tenho duas irmãs. Sou casada e tenho também duas filhas, Júlia e Nathália, razões da minha vida.

Aos seis anos minha mãe me colocou numa escola perto de casa. Lá não tinha Educação Infantil e, como não era possível, naquela época, ser matriculada no Ensino Fundamental aos seis anos, acabei sendo uma espécie de “ouvinte” na turma da 4ª série, pois a professora era muito amiga de minha mãe e lá junto com seus alunos ela também me alfabetizou. Não me lembro como isso foi possível, já que seus alunos eram todos grandes e já alfabetizados.

No ano seguinte, com sete anos, troquei de escola e de professora e pude me matricular na 1ª série do Ensino Fundamental. Até a 4ª série, lembro-me muito bem, que a relação estabelecida por professores e alunos era de autoridade e respeito. Já a metodologia utilizada por elas era sempre aula expositiva, em que só a professora detinha o saber. A prática avaliativa era classificatória, configurando-se apenas em atribuir notas e conceitos.

Nem todos tinham acesso à escola, principalmente porque muitas famílias não conseguiam arcar com os custos necessários para manter os filhos estudando, como material escolar e transporte, pois naquela época o governo não disponibilizava recursos para tais coisas.

As escolas do meu tempo não tinham a responsabilidade de fazer com que os alunos aprendessem a exercer a cidadania, ou seja, a reivindicar seus direitos e a ter consciência de seus deveres para com a sociedade. Parece-me que os professores nunca foram preparados para a realização dessa tarefa. Penso que hoje, os professores começam a se questionar sobre o seu contexto de trabalho e o papel que desempenham. Afinal, o preparo das futuras gerações depende, em grande parte deles, pois estão lá para educar as crianças, para humanizá-las, para fazer delas cidadãos conscientes.

As transformações sociais, políticas e econômicas das últimas décadas mudaram o mundo e também o papel da educação. O ensino de hoje não é a mesma coisa de há 30 anos. Os problemas são diferentes e as necessidades também. Acredito que houve muitos avanços, mas que ainda existem vários problemas para enfrentar, principalmente no que diz respeito a qualidade da educação e o fracasso escolar.

Como professora há 16 anos, inicialmente em escolas públicas e depois em escolar particular, sentia a necessidade de uma formação mais completa, com competências teóricas, que respondesse as minhas inquietações e se somasse a minha experiência.

Trabalho com Educação Infantil nas turmas de 5 e 6 anos e procuro aprimorar a minha prática à luz dos teóricos estudados aqui no curso de Pedagogia. Entre eles, posso citar: Piaget, Wallon, Vygotsky, Freine, Freire, Freud, Gardner, Skiner, Montessori, entre outros.

Percebo então, que sou uma eterna aprendiz, já que me dispus a viver aventuras e ampliar meus conhecimentos. Sei que houve mudanças e que meus alunos só tem a ganhar com as minhas investidas, pois procuro garantir que eles tenha sucesso na sua trajetória escolar.

Entretanto, nem sempre foi assim. No início da carreira me sentia insegura e desmotivada, buscando me encontrar como profissional. Foi quando me descobri na Educação Infantil, veio-me o anseio de entender as crianças e puder olhá-las com outros olhos, aprendendo a lidar com as diferenças e os níveis desiguais que caracterizam cada turma. No começo do curso de Pedagogia, sentia-me confusa e com a sensação de que nada sabia. Mas foram as disciplinas de Psicologia, História da Educação, Didática, Linguistica à Alfabetização, Estrutura e Funcionamento da Educação Básica, Educação Infantil, Avaliação da Aprendizagem, Metodologia da Alfabetização e Práticas Pedagógicas que me deram a certeza de que este era o curso que eu precisava para responder muitas questões. No entanto, compreendo, que só ele não foi suficiente para responder aos meus anseios e inquietações.